Filosofia e Existência

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domingo, 9 de março de 2014

Quarto degrau... A abençoada e sempre memorável obediência (1 a 4)

A abençoada e sempre memorável obediência

1) Nosso tratado agora se refere apropriadamente aos guerreiros e atletas de Cristo. Assim como a flor precede o fruto, o exílio do corpo sempre precede a obediência. Pois com a ajuda destas duas virtudes a alma santa sobe constante ao céu como sobre asas douradas. E talvez fosse referindo-se a isto que aquele que recebeu o Espírito Santo cantou: "Quem me dará asas como de pomba? Vou voar e repousar na contemplação e humildade". (Salmo 55, 6).

2) Mas se você concordar, não falharei em descrever em descrever claramente em nosso tratado as armas destes bravos guerreiros: como segurar o escudo da fé em Deus e seus treinamentos, que afastam, por assim dizer, todo pensamento de descrença e vacilo: como eles constantemente elevam a espada do espírito e matam todos os desejos que deles se aproximam; e como, trajada com a armadura de ferro da mansidão e paciência, evitam os mísseis do insulto e da injúria. E o o capacete da salvação é a proteção superior da oração. E eles não colocam os pés juntos, pois um está estendido em serviço e o outro está imutável na oração.

3) A obediência é a absoluta renúncia à nossa própria vida, claramente expressa em nossas ações corporais. Ou, inversamente, a obediência é a mortificação dos membros enquanto a mente permanece viva. A obediência é um movimento inquestionável, morte voluntária, vida simples, perigo livre de preocupações, defesa espontânea por Deus, destemor à morte, viagem segura, progresso do adormecido. A obediência é o túmulo da vontade e a ressurreição da humildade. Um cadáver não argumenta ou raciocina sobre o que é bom ou parece ser mau. Porque aquele que devotamente conduzir a alma do devoto à morte vai responder-lhe por tudo. A obediência é um abandono de discernimento em uma riqueza de discernimento.

4) O início da mortificação tanto dos desejos da alma, quanto dos membros do corpo, envolvem muito trabalho duro. O percurso algumas vezes é duro, outras vezes sem dor. Mas o fim é a insensibilidade e insuscetibilidade à labuta e à dor. Apenas quando este cadáver abençoado se vê fazendo sua própria vontade que sente pesar no coração; e teme a responsabilidade de se basear em seu próprio julgamento.

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